Siddhartha foi o filho único do Rei Sudodana e da Rainha Maya de Kapilavasthu, no Norte da India, perto de Nepal.
Siddhartha recebeu esse nome, que significa "desejo satisfeito" por escolha de seus pais.
Pelo que se conhece de sua história, foi uma criança como as outras. Saudável e inteligente, pronto para desvendar o mundo ao seu redor.
Quando Siddhartha cresceu, começou a sentir uma inquietação muito forte, uma intensa curiosidade em relação às causas do sofrimento humano. Em silêncio, muitas vezes era pego refletindo sobre suas inquietações, por seu silêncio recebeu o apelido de Sákyamuni (o sábio silencioso dos Sákyas).Perdeu o interesse pelos assuntos a que era destinado até que, aos 29 anos, abandonou o palácio e tornou-se um buscador da verdade.
Passou seis anos peregrinando, à procura de mestres e ensinamentos que pudessem vir a solucionar os problemas do homem. Porém, não contentou-se com nenhuma das respostas obtidas.
Certo dia, após banhar-se no Rio Nairanjana, sentou-se sob uma figueira e meditou. Naquele momento, encontrou a verdade, ou seja, alcançou a iluminação, e chamou a si mesmo Buda. Tinha então, 35 anos.
"Buda" é um termo sânscrito que significa "Iluminado". Buda não foi uma divindade, não se propôs a ser um profeta que deve ser idolatrado. Mas, um homem que encontrou a verdade e viveu essa verdade. E desejou que todos conhecessem também, tornando-se também iluminados.
De um enfoque piagetiano, podemos dizer que, os esquemas de Siddharta, desorganizaram-se diante do sofrimento humano. Pois era um príncipe, tinha a melhor educação, os melhores brinquedos, uma família que o amava, mais do que uma criança costuma querer. A essa inquietação, que leva à reflexão e à busca de novos conceitos que possam ajudar a recompor os esquemas mentais chamamos aprendizagem, ou, "conhecimento da verdade".
Após acomodar suas novas idéias, e recompor os esquemas, Siddharta passou a levar todo o conhecimento que adquiriu a outros, tantos quanto pudesse. Tornando-se um grande educador de seu tempo. Educando para a liberdade espiritual.
Buda viveu 80 anos. E desde a iluminação, não se calou, denunciou o sistema de castas, os preconceitos e o conformismo de seu tempo. Reagiu a uma cultura extremamente injusta e cruel.
Tudo o que acabei de dizer, sobre iluminação e multiplicação dos conhecimentos, faz-me lembrar Platão, e o Mito da Caverna: um homem sem conhecimento é como alguém em uma caverna, olhando a parede. Não tem qualquer espectativa diante da vida. Mas, quando sai e vê o mundo diante da luz, se inquieta, alegra-se e ao retornar à caverna, jamais se conformará em manter-se sentado no escuro novamente, e passará a todos o conhecimento do mundo e quererá que todos o sigam.
Por essa razão, no Budismo Nitiren, costumamos dizer e procurar praticar a trilogia fé + prática + estudo. Acreditamos que só calcado nesses três elementos podemos atingir o melhor de nós.
Por essa razão, no Budismo Nitiren, costumamos dizer e procurar praticar a trilogia fé + prática + estudo. Acreditamos que só calcado nesses três elementos podemos atingir o melhor de nós.
Fico por aqui, até logo!
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