quinta-feira, 12 de novembro de 2009

OS ENSINAMENTOS

Sakyamuni profetizou no Sutra de Lótus que, após o declínio de seu budismo, surgiria o Verdadeiro Budismo, que se propagaria pelo mundo. Ouvindo essa declaração, seus discípulos pediram que os encarregasse da missão de propagar o budismo no futuro. Entretanto, Sakyamuni rejeitou o pedido, afirmando que eles não estavam qualificados para essa missão, por serem incapazes de perseverar diante dos inúmeros obstáculos que surgiriam no futuro.
Exatamente de acordo com a profecia do Sutra de Lótus, quando os ensinos de Sakyamuni e suas práticas entraram em declínio, Nitiren Daishonin estabeleceu o Verdadeiro Budismo com a convicção de que seria propagado pelo mundo para a felicidade de toda humanidade. Por isso escreveu o Dai-Gohonzon, que contém integralmente sua iluminação, destinando-o como objeto de adoração para todos os povos do mundo.
O budismo de Nitiren Daishonin é tão grandioso que traz a salvação para toda a humanidade, igualando todas as pessoas numa mesma categoria: elas têm condições de atingirem a suprema felicidade, ou seja, o estado de buda, na forma e no ambiente que vivem. Esse budismo nega a necessidade de auto-sacrifício, ou de isolamento para meditação, e possibilita as pessoas serem felizes em meio à realidade diária.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN

Nitiren Daishonin, nasceu em 16 de fevereiro de 1222, filho de uma família de pescadores na província de Awa (atual província de Tiba), no Japão. Em 1233, entrou para o sacerdócio no templo Seityo e começou a estudar o budismo.
Na infância recebeu o nome de Zennitimaro, mas após entrar para o sacerdócio, conforme uma tradição da época, mudou seu nome para Yakuo Maro e depois para Rentyo.
De 1238 a 1242, ele viveu em Kamakura, então centro do governo japonês, a fim de estudar o budismo. Após retornar ao templo de Seityo, foi para Kioto e Nara, centros de estudo do budismo.
Em Kioto estudou exaustivamente todos os sutras de Sakyamuni e concluiu que o sutra de lótus é seu supremo ensino.
Após dez anos de estudo, Rentyo, então com 32 anos de idade, retornou para o templo Seityo e, em 28 de abril de 1253, recitou pela primeira vez o nam-myoho-rengue-kyo, expondo seu ensino e adotando assim o nome de Nitiren (Niti = Sol; Ren = Lotus).
Vinte e seis anos depois, após sofrer muitas perseguições por parte das religiões mais tradicionalistas e vendo que seus discípulos estavam confiantes e conscientes, Nitiren Daishonin matematizou o propósito de seu advento neste mundo inscrevendo o Dai-Gohonzon, o supremo objeto de adoração, visando a felicidade de toda humanidade.
Nitiren Daishonin faleceu aos 60 anos de idade, após passar todos os seus ensinamentos para o seu discípulo imediato: Nikko Shonin.

TRADIÇÕES DO BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN

O oratório, para nós, é certamente o objeto que tem participação direta em nossas vidas, depois do conteúdo sagrado que resguarda (não aparece na imagem, pois é parte da tradição resguardá-lo).
Um oratório budista nunca é aberto para curiosos e outras ocasiões, que não sejam nossas reuniões para orar e meditar. Ele guarda o bem material mais precioso para nós, que é o Dai-Gohonzon, inscrição que é sagrada para nós, por ter sido escrito por Nitiren Daishonin, os Três Grandes Ensinos Fundamentais concedidos "à toda humanidade".
Todos os dias, pelo menos duas vezes, abrimos o oratório, visualizamos o Dai-Gohonzon, recitamos o mantra, chamado daimoku (nam-myoho-rengue-kyo) e fazemos nossas orações para que as forças protetoras do universo sejam fortalecidas. Nessas orações, lembramos diariamente do próprio Dai-Gohonzon, dos três primeiros mestres: Nitiren Daishonin, Nikko Shonin e Nitimoku Shonin; pela realização do Kossen-rufu (criar uma sociedade de paz) e pela prosperidade da Soka Gakkai Internacional (movimento que tem como objetivo a promoção de valores, como a paz e o respeito humano); oramos aos mestres, agradecendo aos esforços incansáveis em prol da propagação do budismo; oramos pelos objetivos pessoais; pela transformação do karma negativo; em memória das pessoas queridas que já partiram e finalmente pela paz e felicidade da humanidade. Entre tais orações, recitamos o nam-myoho-rengue-kyo.
Ou seja, cada vez que um budista abre seu oratório, você também é lembrado em seus pedidos por paz e felicidade.

JUZU

O Juzu não faz parte especificamente da prática do Budismo de Nitiren Daishonin. É uma tradição budista.
Inicialmente, sua finalidade era contar a recitação do nome do Buda. Hoje em dia, é somente uma acessório da prática.
Juzu significa, número de contas. Este objeto também pode ser chamado de Nen ou Nenju, que significa meditar. É utilizado para ajudar na concentração, pondo-o entre as mãos durante as orações. O uso do Juzo durante as orações constitui uma tradição, no entanto é opcional.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O QUE É KARMA, OU CARMA

Hoje em dia vemos a todo instante alguem mencionando a palavra karma, até de forma brincalhona, mas será que essas pessoas sabem do que estão falando?
Karma, é um termo de cunho religioso, utilizado no hinduísmo, budismo e jainismo, posteriormente também adotado pelo espiritismo.
No Budismo Nitiren, uma das metas é extinguir o karma, ao qual todos estamos "condenados". Em outras palavras, você tem um provável destino, por exemplo, todos os seus antecedentes tiveram hipertensão, podemos dizer que um de seus karmas, provavelmente é ser hipertenso. Porém, com atitudes positivas e fé, você elimina esse karma de sua vida, essa é a visão em relação aos carmas negativos, porém, há carmas positivos também, trata-se de tendências positivas, como por exemplo, seu pai e seu avô eram pessoas bem sucedidas profissionalmente,  a tendência é que você também seja, esse carma é positivo.
Na postagem "Gosho - Amenizar o efeito cármico" falamos mais sobre o tema.